Foi realizado ontem o sorteio para o distrital de seniores, que se inicia a 22 de Setembro. Também foi realizado o sorteio da Taça de Honra, que se volta a disputar a duas voltas, tipo mini-campeonato, dividido por duas séries.
Na jornada de estreia, a UDB visita Vila Velha de Ródão, onde nas duas últimas épocas venceu sempre. No ano passado, por 1-2. Já na Taça de Honra, a primeira jornada é em Pedrógão de São Pedro.
Da análise breve que fiz ao calendário provisório, uma constação salta à vista: a UDB receberá na primeira volta os maiores candidatos ao título distrital. Logo na segunda jornada, a UDB recebe o Alcains; na 4ª, recebe o Oleiros e na 9ª recebe o Sernache.
Na Taça de Honra, acontece precisamente o contrário. Os "ossos" mais duros de roer serão os jogos disputados fora, na 1ª volta. Uma deslocação à ADE, na 3ª jornada, e logo na jornada seguinte uma ida à Atalaia do Campo.
O próximo post será sobre aquilo que perspectivo neste distrital, tendo em conta os plantéis das várias equipas.
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
terça-feira, 20 de agosto de 2013
As razões da minha saída da UDB....
“Eu também tenho que
ser sincero. Sempre fui assim, também, senhor José”
Após este texto, não voltarei a
falar mais. Não quero perturbar nada na nova época. Que espero, como sócio e
amigo da UDB, seja de sucesso, para todos. Mas não posso deixar passar em claro
algumas “inverdades” sobre mim. Diz o velho ditado, que “quem não se sente, não
é filho de boa gente”. Pois bem. Eu senti-me com algumas coisas ditas pelo
presidente do clube. Que diz ser sincero. Eu também sou. Dizer, por exemplo,
que em todo este processo, de Abril a Agosto, para se definir a época, se eu
ficaria ou não, o que queria ou não, reuni uma única vez, à mesa do café, com o
presidente do clube. E, casualmente, já em Julho, falei com ele porque o
encontrei na Feira de São Tiago, na Covilhã. Nunca a direcção reuniu comigo, em
local devido. De todo o modo, continuo a defender o trabalho feito até agora.
Do qual, não se podem esquecer, também sou parte integrante. Dei o meu grande e
valioso contributo, em muitas áreas, em muitos momentos. Fui muito mais que
treinador. Fui roupeiro, motorista, dirigente, enfim, tudo o que era preciso,
em determinado momento, ao longo dos últimos 14 anos. Não se esqueçam nunca
disso.
Agora, esclarecer o que se disse
na Tribuna Desportiva.
Primeiro esclarecimento: “O João disse que só ficava se o clube pagasse
algum dinheiro”.
O João, para que não restem
dúvidas, no final da época, apresentou um plano ao presidente, com jogadores a
manter, outros a contactar, para a próxima temporada. De Abril a Agosto o clube
não mexeu um dedo nesse sentido. Nesse mesmo plano, propunha algumas ideias para
ficar. Melhorias substanciais, para mim e para os jogadores. Propus prémios de
jogo ou treino. Foram negados. Propus prémios de objectivos, para todos, claro,
mas também foram negados. Depois, pedi ajuda para que os atletas pudessem ter
chuteiras que não adquirissem apenas com o seu dinheiro, como sempre fizeram,
que tivessem direito a um bilhete por jogo, para esposas ou namoradas (sempre
pagaram, a minha esposa também) e que, no mínimo, no final dos jogos, tivessem
à disposição duas grades de minis para beberem (pagavam os copos no final do
bolso deles). Aí, houve alguma abertura, embora sem garantias. Depois, disse
que após 14 anos a treinar de borla (aliás, a pagar para treinar, pois tudo
isto sempre acarreta algumas despesas), pedi ao presidente apenas uma “ajuda
simbólica” para fazer face a despesas. Após este pedido, apenas por SMS
comunicou comigo. Nunca reuniu para falar comigo. Nem ele, nem a sua direcção.
Um dia pediu-me, por mensagem, que estipulasse o montante da ajuda que eu
queria. Disse-lhe para me darem o que pudessem. Insistiu. Disse-lhe que por
“100 euros ou até menos que isso”, ou seja, 50, 60, 70, ou então, os tais
prémios de objectivos que tinha proposto no passado, eu ficaria. A resposta
foi, por telemóvel, em mensagem: “Não sei se é possível. Tenho reunião com a
direcção e depois digo-te”. Face ao atrasar de toda a época, FUI EU que disse
ao senhor José que o melhor para o clube seria então tentar alguém que
treinasse a equipa de borla. Um dia, mandou-me uma mensagem a dizer: “Em princípio
já temos treinador”. Perguntei se poderia então anunciar a minha saída. Disse
que não, só após a reunião da noite. Certo é que mesmo sem reunião, o novo
treinador acabou por me ser confirmado pouco depois. Logo, uma escolha já
decidida e que só foi discutida após o facto consumado. Posso confirmar tudo o
que digo com as várias mensagens que tenho no meu telemóvel.
“Quando peguei no clube, estava de rastos”
Pergunta: Quem ajudou, e muito, a
fazer face a isso? Quem, no início do seu mandato, lhe tratava de todas as
papeladas? Quem lhe fazia a comunicação com a Câmara, para se reaver, por
exemplo, o dinheiro de duodécimos que tinham sido suprimidos (salvo erro, 9 mil
euros)? Quem lhe fazia documentos como planos de actividades? Quem lhe tratava
das relações institucionais com órgãos como a Associação de Futebol de Castelo
Branco? Quem passou horas a fio, em torneios e coisas do género, para se fazer
dinheiro para o clube? Responda, se for sincero. Nunca ganhei nada na UDB, mas
dei muito dinheiro a ganhar!
“Não foi ele que saiu”
Então, quem foi? Se, de tão
sincero que fui, acabei mesmo por ser eu a dizer ao clube que o melhor seria
optar por outro? Fui despedido? Mas tinha, eu, algum contrato firmado com o
clube? Sim, só se despede quem tem contrato e ordenado. O que nunca foi o caso!
“Não seria justo não pagar aos jogadores e a outros treinadores, e
pagar a uma pessoa”
Mais maldade. Em que se procura
colocar-me contra os atletas, que bem me conhecem. O que pedi, primeiramente,
foi ajuda para todos. De todo o modo, recordo ao senhor presidente que também
ele já foi jogador com prémios de jogo, com ordenados, nas épocas áureas do
Belmonte, e treinador pago, em outro clube bem perto da nossa terra, e nessa
altura não me recordo de tanta preocupação com justiça. Mais: na última época
da UDB no futebol sénior, antes de mim, teve treinador pago. E bem. Eu já fazia
parte da estrutura do clube, treinava camadas jovens, não recebia nada, e nunca
me senti injustiçado por isso. Cada coisa no seu lugar. Futebol sénior é uma
coisa. O resto, é outra.
Disse, o senhor presidente, que
tudo fez para que eu ficasse. Eu digo que não fez nada. Apenas apelou, mais uma
vez, ao meu coração para que acedesse a treinar na mesma condição em que sempre
o fiz. E sempre lhe disse que isso seria impossível. Disponibilizou-se a falar
com a minha esposa para a convencer, como se em minha casa as decisões não
fossem tomadas a dois.
“O clube está acima de tudo”
Foi sempre isso que pensei. Daí
lhe ter dito, em devido tempo, que face à minha indisponibilidade, o melhor
seria arranjar outra pessoa. Já depois de saber que não ficava, enviei-lhe uma
listagem com contactos de atletas que tinha contactado, com valor, interessados
em integrar o plantel da UDB. E até contacto de um adjunto que iria trabalhar
comigo. E que sei, a UDB contactou e irá trabalhar com o novo técnico.
“Papinha” toda feita… Porque para mim, também, o clube está acima de tudo.
Adeptos, sócios, atletas, treinadores e dirigentes!
Nunca mais falarei sobre isto.
Esta etapa na UDB termina agora. Mas a minha história no clube, estou
convencido que não. Fico feliz pelo facto do clube ter seniores, e espero o
melhor. As coisas até acabarão por ser boas, para os atletas, já que com novo
líder, já há mais empenho directivo. Os da casa, por muito que possam exigir,
raramente são atendidos. Todos sabemos isso. Agora, já há muitos dias para
treinar, já há campo disponível, directores no treino (estive tanta vez
sozinho), e muitas bolas boas. No final da época passada, acabei com apenas
duas, com o árbitro, no jogo da Atalaia, em casa, a ameaçar terminar o encontro
por não haver bolas em condições…
De todo o modo, não sou ingrato.
Agradeço a oportunidade que tive de treinar uma equipa sénior na minha terra. E
continuo a achar, como achava há um mês atrás, que esta direcção é a melhor
para liderar os destinos da UDB. Se estavam alguns à espera que agora dissesse
o contrário, enganam-se. Esses que não apoiaram o Zé e, em alguns casos, até
foram contra ele. E outros que tentaram fazer mal à UDB, de várias maneiras e
feitios. Com a minha saída, vejo-os reaproximarem-se…. Veremos, então, senhor
José, no futuro, se o “clube está acima de tudo”…. Felicidades.
Uma última palavra para os meus
atletas. Continuem com a atitude que sempre tiveram nestes últimos dois anos.
Sei que nem é preciso pedir, pois conheço-os. Sei que darão o vosso melhor.
Tirem o máximo proveito dos ensinamentos do novo treinador, experiente ( a
quem, no campo, no primeiro dia, cara-a-cara, desejei boa sorte), e, quem sabe
um dia, a gente não se volta a reencontrar… na UDB ou noutro clube qualquer!
Prometo ir ver-vos!
Quanto a este blog, criei-o
quando já estava na estrutura da UDB, para divulgar o que se ia fazendo no
clube. Apesar de agora estar fora, na medida do possível, continuarei a
actualizá-lo com resultados, enfim, com o q ue
se for passando. Porque, “A União faz a força, os amigos a amizade”…. Mas
apenas quando a palavra “amigo” é levada em verdadeira conta…
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