A União faz a força, os amigos a amizade

Um blog para todos os amigos da UDB e de Belmonte

Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Não era para regressar à escrita, mas... lá terá que ser!

Pois bem. Após três meses de ausência muito aconteceu na UDB.
Em termos desportivos, no campeonato, a equipa é sexta classificada, com sete pontos, fruto de quatro empates (três deles caseiros) e uma vitória (também caseira). Face à qualidade do plantel, para mim, nada do outro mundo. Apesar de ontem, à RCB, o senhor director desportivo ter dito que "estamos a fazer um campeonato muito bom". Não concordo. Regular, apenas.
Mas volto hoje à escrita porque alguns amigos meus me desafiaram a fazê-lo. Há muita gente que vinha aqui e esperava por novidades. Pois bem, elas aconteceram. Hoje mesmo, a UDB apresenta novo treinador: Nando, que traz um adjunto, Gaspar. Sobre a sua competência, nada a dizer. Ganhador, trabalhador, parece uma boa escolha. Já o preço...... A direcção lá saberá se tem algum poço de petróleo por ali. Passou-se do 8 para o 80. Antes, não havia nada. Agora, há tudo. A mim mesmo, o hoje presidente Caninhas se recusou a dar uma pequena ajuda (nunca pedi nada demais) quando ia para a terceira época nos seniores (e 15ª no clube, a custo zero). E batia com a mão no peito que "Aqui, ou é de borla, ou não é". Pois bem, senhor Caninhas. Diga lá agora o mesmo! Ao que sei, Nando, há duas épocas atrás, saiu de Manteigas por razões monetárias. E já não seria assim tão mal pago, como me garantiram. Vem para a UDB por amor à camisola? Pelo prémio de jogo? Duvido. Aliás, não tenho dúvidas nenhumas que não.
O professor Nuno Reis, com quem falei algumas vezes, pareceu-me uma muito boa pessoa. Trato fácil, educado... Mas eu vi logo que aquilo não podia durar muito. Foi trazido pelo senhor director desportivo, mas quando comecei a ver os primeiros jogos, com mister de um lado a dar instruções, e director desportivo no túnel a fazer o mesmo, pareceu-me que o homem, um dia, ia encher. É certo que também não via nele o timoneiro para levar a UDB às vitórias. Mas ser constantemente desautorizado é algo que o mais comum dos mortais não gosta. Aliás, o senhor director desportivo, que foi meu treinador, um dos melhores que tive, também nunca gostou de ser assim tratado. Lembro-me bem de o ouvir no banco dizer: "Aqui só falo eu". Daí que deveria ter tido a consciência de não ter feito o que não gostava que lhe fizessem ao senhor Reis.
Desporto à parte, o que me preocupa ( e muito) é o futuro financeiro do clube. Parece-me que se estão a dar passos maiores que a perna. Já aconteceu assim, há 20 anos. Depois, foi o que se sabe. Dívidas, e dívidas, um buraco enorme e quase morte do clube. Que não foi porque quem gostava mesmo da UDB apareceu, deu a cara, trabalhou, para o reerguer. Espero, sinceramente, não estar enganado. Carlos Silvas, Zés Robalos, não aparecem sempre....
Por fim, despeço-me garantindo que não me calarei mais. A bem do clube o fiz. A bem do clube o não voltarei a fazer. E com uma frase que me ficou na memória, de um senhor autarca chamado Carlos Pinto, que fez da Covilhã uma grande cidade. Serve apenas de alerta: "Para se construir, é preciso muito trabalho. Para destruir basta um idiota... e um ápice". Saudações desportivas. E viva da UDB.

PS: Quem ler isto, dirá: "O gajo está com azia por não ser o treinador". Pois bem. Com muitos dos que estão na direcção, sei bem que nunca o seria. Por isso, não há azia, porque estava perfeitamente consciente disso. Fico, porém, satisfeito por saber que muitos viam em mim a pessoa ideal para estar à frente de um grupo de grande potencial. E que, sinceramente, reconheço, gostava de treinar. Mas escrevo apenas para alertar. A UDB não é um clube/empresa/SAD. É o clube de todos os que o amam.